quarta-feira, 6 de agosto de 2014

ARGUMENTAÇÃO SOBRE A NECESSIDADE DE UM CÓDIGO DE ÉTICA


Descrição do trabalho

O projeto desenvolvido pelos alunos é um código de Ética do Profissional de Educação, com objetivo de trabalhar com a importância da ética para a formação de professores, com destaque da importância da união profissional para a carreira de Educador, Professor ou Docente.

Paralelamente os alunos construíram argumentos para obter a aderência ao código de ética, expondo problemas da educação, do cotidiano dos profissionais de educação, concluindo que a melhoria da educação não está centrada apenas na alocação de recursos financeiros, mas no compromisso de todos os atores envolvidos com a educação, como a Sociedade, os profissionais da educação, os pais, os alunos e as instituições de ensino e os Governos em seus três níveis.

A exposição do tema é desenvolvida com a dramatização de uma cena do Livro Luas e Luas, onde os problemas propostos são resolvidos pelo Bobo da Corte, que interage com a Princesa Letícia, para atender seu desejo em duas ocasiões, não sem antes refletir sobre a situação dos sábios conselheiros
do Rei.

A visão dos alunos é que a solução de alguns problemas complexos, às vezes passa pela simplicidade, por mobilização coletiva, pois o número de profissionais de educação no Brasil é superior a 2,4 milhões de profissionais, os quais não consideram seu poder de influência no dia a dia, que pode se valer de seus conhecimentos para transformar a realidade da educação.

Segregados os profissionais da educação tendem a ser dominados socialmente e em suas forças de trabalho, porém o instrumento código de conduta permite conciliar às forças para moldar a postura e demonstrar para a sociedade os padrões de conduta dos profissionais de educação, de forma transparente a todos. Abaixo alguns dados prévios de argumento sobre a importância do tema Ética e valorização do profissional da educação, o qual deve primeiro se valorizar e valorizar sua profissão.

Um código seria a forma inicial de construir uma faculdade dos problemas globalizados, revitalizando o ensino, instaurando e ramificando um modo de pensar que permitiria a reforma, instituindo em todos os profissionais e instituições um dízimo, retirando de todos, ligados à educação, 10% do tempo que dedicam a lamentar, para tornar os profissionais comunicantes e pensadores de soluções.

A atomização de nossas sociedades requer novas solidariedades espontaneamente constituídas e não impostas pela lei.



*Índice Global de Status de Professores, da Varkey GEMS. Pesquisa em 21 paises sobre a valorização dos professores.
Confira o ranking *

Posição                                    País
1                                              China
2                                              Grécia
3                                              Turquia
4                                              Coreia do Sul
5                                              Nova Zelândia
6                                              Egito
7                                              Cingapura
8                                              Holanda
9                                              Estados Unidos
10                                            Reino Unido
11                                            França
12                                            Espanha
13                                            Finlândia
14                                            Portugal
15                                            Suíça
16                                            Alemanha
17                                            Japão
18                                            Itália
19                                            República Tcheca
20                                            Brasil
21                                            Israel

Diagnóstico da realidade da educação.

Os educadores, professores ou docentes estão inseridos em um contexto social em que os governantes promovem a divisão da categoria profissional, historicamente, pelo método da arte da guerra dos Romanos de dividir para conquistar, pois os educadores, professores ou docentes são divididos em funcionários, empregados públicos, servidores públicos, municipais, estaduais, federais, uns estatutários outros descaracterizados, classificados como servidores públicos municipais, quando deveriam ser classificados como educadores, com legislação adequada à realidade do valor requerido pela educação e do valor desta para a sociedade, ora que a educação permite erradicar o mal pela raiz, mudando realidades sociais, evitando o fortalecimento de outros aparelhos repressivos dos governos.

Educai as crianças e não será preciso punir os homens
( Pitágoras – cerca de 500 a.C ).

Constituição Federal de 1988:
Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.


Intrinsecamente os educadores, professores ou docentes estão comprometidos com o desenvolvimento da sociedade, por meio dos resultados produzidos pela sua força de trabalho, pois se educando, efetivamente, as crianças, minimizará o crescimento das forças repressoras, que consomem grandes partes dos recursos públicos. Formando pais, autônomos, estará contribuindo diretamente para cidadãos cônscios de seu dever de assistir, criar e educar os filhos menores e também, se bons resultados entregar, na formação das crianças atenderá o princípio constitucional de amparo dos pais na velhice, carência ou enfermidade, atingindo o macro objetivo de uma sociedade mais justa, mais igual para todos.

Será que todos os educadores estão cientes de seu papel na sociedade, com a mesma intensidade que as aves necrófagas tem da sua missão natural de varrer as carcaças da natureza, assim como os educadores, professores e docentes tem para com a erradicação do analfabetismo do letramento, analfabetismo funcional e receio da tecnologia, do aprender sempre. Ser educador, professor ou docente é muito mais que uma profissão é uma missão que exige vocação para o ensino, para a paciência, o despertar do interesse no aprendizado, saber provocar o interesse pelo busca do conhecimento e às vezes aprender durante o ensino, pois é uma profissão pela qual todos os demais profissionais passam e se inspirados podem anos mais tarde inspirar profissionais com base nas suas qualidades no exercício do magistério. Não é demérito comparar a profissão do professor, educador ou docente com aves necrófagas, mas a analogia é que muitos desejam ser professores pelos benefícios, vistos como bons de fora, como complementação da renda.

A comparação é pensar em ser professor, como ser ave, que voa bem alto, mas não querer provar das carcaças da natureza, contribuindo diretamente para evitar a contaminação da água e proliferação de doenças.

A educação é uma tarefa árdua, haja vista que o aluno nem sempre serão aqueles idealizados, padronizados, virão de diversas crenças, de diversas classes sociais, portanto quem pretende escolarizar os aprendizes, devem estar preparados, pois nem sempre se deparará com alunos no padrão idealizados, deverão estar mentalmente preparados para todos os tipos de alunos que se apresentarão para a escolarização, alguns com vontade, alguns por que os pais tem o pensamento dominante de que escolas são estacionamentos de crianças e que ali o professor tem que resolver os problemas que se apresentam. Alguns alunos serão tão distantes dos padrões europeus de    beleza 
( loiro, olhos azuis, pele clara, etc ), dos padrões estéticos da beleza dominante, portanto esses como os idealizados, devem conviver em harmonia e os profissionais de educação devem intervir nessa realidade e conduzir o aprendiz na escolarização, sob pena de rejeitar o aprendiz e provocar a evasão escolar. A intervenção do professor é necessária para transformar as pessoas e para que o processo conclua, como afirma Paulo Freire:

A educação não transforma o mundo. A educação transforma as pessoas. Pessoas transformam o mundo. ( Paulo Freire ).

Estudos realizados pela Universidade de Stanford, baseado na Teoria das Janelas Quebradas1, deixaram dois carros da mesma marca, modelo e ano, estacionados em dois locais diferentes da cidade, um na zona pobre e outro em local nobre, na Califórnia, o carro deixado na zona pobre começou rapidamente a ser roubado em partes, até sua totalidade, enquanto o outro permaneceu intacto durante semanas. Então foi quebrado um dos vidros carro, abandonado e ainda intacto, o qual passou a ser roubado pouco a pouco e vandalizado e as peças aproveitadas roubadas.

Concluíram que a criminalidade ou delito é maior nas zonas onde o descuido, a sujeira, a desordem e o maltrato são maiores e que o vidro quebrado no veiculo em um bairro, seguro, transmite a ideia de deterioração, de desinteresse, de despreocupação, quebrando os códigos de convivência, de ausência da lei naquele lugar, induzindo a uma espécie de tudo é permitido, aumentando e multiplicando a violência o delito.

Não se trata de reprimir com violência o delito, mas de educar e ai notadamente se faz presente a importância da educação para a solução dos conflitos sociais, pois revela importância da educação na manutenção da ordem e preservação do meio ambiente sadio para todos, pois não é reprimindo o ato de sujar, para evitar a sujeira, reprimindo o ato da desordem, que se obterá ordem e reprimir o mau trato, que se obterá o bom trato, mas através da educação, que é mais profunda obtém-se a ordem, a limpeza e a cortesia, que evitará boa parte dos delitos, pois a repressão e a abrupta ação para interromper o processo iniciado, enquanto que a educação combate o mal pela raiz, evitando o defeito social.

Em rápidas palavras, ainda que desbotadas, as frases, os homens ainda preferem gastar mais com o encarceramento dos adultos, do que gastar com a educação das crianças, como exposto por Pitágoras, cerca de 500 anos antes de Cristo.

Se hoje os professores reclamam de sua desvalorização profissional e social é talvez por terem esquecido de incutir nos adultos, que hoje praticam essa desvalorização, a importância da educação para a sociedade, esqueceram de educar adultos para a responsabilidade de serem bons pais. Ainda que a ingratidão seja em muitos casos prevalecente em relação aos benefícios propiciados pela educação, pela indiferença do mestre, pelo bullying repetitivo sofrido pelo aprendiz, os professores devem se decidir se revitalizam suas profissões ou se fecham nas salas de aulas a espera da síndrome de Burnout².

A sociedade, também, reclama da educação, da situação de muitas escolas, porém muitas vezes as queixas são direcionadas a formação dos professores, na certeza de afirmativas que ai residem todas as razões para os problemas da educação, esquecendo-se dos compromissos dos pais, previstos na constituição, dos compromissos dos adultos com o amparo dos idosos na velhice, na carência ou enfermidade.

A sociedade não pode, mas está encarando a educação como duas equipes esportivas, a pública ou estatal e a particular, custeada por quem tem condições financeiras, que abandona a luta pela melhoria educacional, que é uma luta de todos. Predomina nesta seara o método de dividir para conquistar e dominar, pois à medida que a educação particular se fortalece, expande em números de formandos e instituições, crescem também o número de grupos econômicos que vendem pacotes de apostilas com conteúdos padronizados de ensino, sob a forma de facilidade para o educador e aprendizes, indiretamente desprofissionalizando o educador, o professor ou docente.

Em outro universo cresce a marginalidade e os recursos públicos são destinados a uma significativa parcela de seres humanos encarcerados, muitos não alfabetizados corretamente, sendo em muitos casos motivação pela escolha do caminho errante.

A ESCOLHA DO TEMA

Considerando a importância da educação e dos educadores, professores ou docentes e desvalorização do profissional de educação, por intermédio de condutas a seguir listadas o tema foi escolhido tema código de ética do profissional de educação:

1. Manutenção de profissionais com vinculo empregatício temporário, por reiterados períodos escolares, em que os profissionais terminam o ano desempregados e iniciam novo ano na busca por um novo vínculo temporário;

2. Ausência de planos de carreira para os profissionais;

3. Falta de padrão educacional nacional em detrimento dos localismos e influência política na educação;

4. Escolas públicas na base desprestigiada em detrimento das escolas particulares e, no nível superior a situação se inverte;

5. Elevado número de analfabetos funcionais;

6. Exigência de preparo contínuo dos professores, comprometendo sua baixa renda e em muitos casos inviabilizando o aprendizado contínuo e distante da residência;

7. Falta de recursos financeiros para complementar sua formação para o ensino;

8. Arsenal de burocracias, como: diários, planos de aula, fichas avaliativas, formulários, incluindo ainda a imensa quantidade de trabalho que o professor leva para casa, tais como: plano de aula, elaboração de atividades, provas, trabalhos, correções, testes, projetos etc;


9. Indisciplina escolar relegada ao educador, professor ou docente como responsável pela sua solução, mesmo quando oriundas de fatores externos ao ambiente escolar ou sala de aula;

10. Defasagem salarial;

11. Violência verbal ou assédio contra professores no exercício da profissão;

12. Violência moral contra os professores no exercício da profissão por atingimento de metas de progressão ou resultados dos alunos;

13. Incivilidades aos professores por pais e alunos.

14. Descuido com asseios de áreas de uso coletivo nas escolas;

15. Escolas ou ambientes de trabalho superlotados, dificultando o trabalho do educador, professor ou docente;

16. Delitos no ambiente escolar como o uso de drogas e o porte de armas para intimidação.

Todos os temas acima interferem na educação, pois as variáveis exógenas, aspectos externos as escolas tais como as questões de gênero, multiculturalismo, influências da tecnologia, meios de comunicação, espaço social e comunitário onde se localiza as escolas e também as variáveis endógenas, aspectos internos, tais como a idade, nível de escolaridade dos estudantes, o regulamento escolar, currículos, a prática educacional e tantos outros influenciam na educação, sendo que pela baixa escolarização, alguns membros da sociedade brasileira não consegue interpretar que a melhoria na educação é complexa e tem que começar por diversos setores, inclusive por ações dos profissionais de educação, como se propõe no tema escolhido, que é agrupar sob um código de ética os profissionais de educação.

O título do Projeto:


Código de ética da profissional da educação.

Motivações para Escolha do Tema

Propõe convencer profissionais, com a maior escolarização do Brasil, com palavras simples, como esboço de um trabalho da disciplina de didática que é preciso aderir a um código de ética, o que não é trabalho fácil, parecendo mais um trabalho de Sísifo, os doze trabalhos de Hércules, por que hoje em dia as pessoas só aderem a um tema, quando observam nítida oportunidade de ganhos, imediatos, com mínimo esforço e compromisso e justificamos que a escolha do tema é um desafio, para o grupo de alunos, que avaliaram sob a ótica do escritor Francês Jean de Lafontaine, autor de diversas fábulas com animais para inspirar os homens, além de outras histórias infantis que vamos tratar para convencer os professores que a educação pode ser melhorada, também a partir da aderência a um código de ética, cuja proposta é uniformizar a conduta, moldando qualidades similares das Apis Mellifera, verdadeiros exemplos para a sociedade, traduzidos sob a forma de poema, após a frase de La fontaine.

“Sirvo-me das fábulas para ensinar os homens”, La Fontaine – Escritor Francês – 1621/1695.

Merece destaque o poema sobre as Apis Mellifera:

A LEI DE DEUS E O EXEMPLO DA ABELHA

Só existe uma Lei no mundo, que é Justa e Perfeita
Que trata todos iguais: Ela está na natureza.
A Lei que Deus criou, de Infinita Grandeza.
Só usaram até hoje, os que tiveram Consciência

Veja o exemplo das abelhas, que pela Lei de Deus se guiam... Só têm dado bom exemplo, e o mais puro alimento fabricam. Cada uma no seu espaço, não sentem ódio, nem brigam. 

Todas cumprem seus deveres, vivem em perfeita harmonia. Trabalham todas iguais, não tem nenhuma vadia Uma não rouba da outra, não dizem mentira São sinceras e verdadeiras, em todos os momentos da vida. 

A Lei é uma só: Todos respeitam a Rainha Se tratam todas iguais, uma o direito da outra não tira Não tem maldade e ódio, nem mentirosos e ladrões Respeitam umas às outras, tratam-se como irmãos Não tem nenhum legislador, só a lei da Criação Não tem governos corruptos, ninguém comete traição Fazem tudo perfeito, ninguém dá opinião.

Não tem nenhum tipo de vício, e nem prostituição Cada uma no seu espaço, vai cumprindo a Missão Não mentem fazendo discursos, para enganar seus irmãos. O trabalho honesto e limpo, é a sua única oração Que pode servir para o homem, como uma grande lição.

Nunca estudaram nos livros, nada aprenderam com ninguém. Todo sentimento e instinto, do Criador é que vem São honestas em tudo, no mundo só fazem o bem Jamais cometem erros, sempre puras se mantém.

Não se unem em congregações, para explorar seus irmãos. Todas se tratam iguais, nunca mancham suas mãos Uma sempre ama a outra, se unem e dão proteção Todas têm direitos iguais, vivem em perfeita união Cada uma assume seu posto, sem precisar nomeação.

Quando são adultas já sabem, quais as suas obrigações Todas cumprem seus deveres, cada uma na missão Passam de pais para filhos, de geração em geração Não se maculam, são puras como Deus criou Continuam sempre perfeitas, como a Lei de Deus mandou. Nunca erraram na vida, ninguém nunca as mudou Pelas leis dos homens, nenhuma se orientou.

Não fazem mal a ninguém, se defendem quando atacadas. Fazem respeitar seus espaços, não deixam ser maculadas. Todas se respeitam, não fazem coisas erradas Por maldades e mentiras, não deixam ser levadas Não inventam para destruir, nunca fazem malvadezas Nascem e morrem trabalhando, não se vê impurezas Lutam todas pela vida, não se vê pobreza Flores e tudo que precisam, encontram na natureza
São pequenas no tamanho, mas gigantes em Grandezas Dão lições para o homem, de dignidade e nobreza Para todos que não têm Amor, e destroem a natureza Para aqueles que espiritualmente, sempre vivem na pobreza.

Jôe Luiz - Espírito de Luz.
Psicografada Pelo Médium Rui Souza


Problemática

Os problemas da educação brasileira são diversos e se cada segmento unir esforços a solução virá, não sob a forma apregoada que cada um deve dar o exemplo, pois o exemplo individual é facilmente esmagado pelo grupo dominante, pois uma boa aula, não fará uma escola boa ou uma andorinha não faz verão, como diz o ditado popular, por que é preciso à junção de esforços, primeiro é preciso somar e depois dividir o resultado da soma da aderência ao código de ética.

Pensarmos que não será viável, já será uma derrota, pois enquanto aluno não podemos desanimar frente às primeiras barreiras que se apresentam, pois outros viram, criticaram este exemplo, sob a forma de projeto escolar, que consiste no código de conduta para produzir resultados efetivos para todos.

A crítica social é que o povo brasileiro não adere aos compromissos sociais e isso sob o ponto de vista é uma deficiência educacional, que reveste para outras áreas da sociedade e da vida, extraindo exemplo do livro, Avaliar para promover, de Jussara Hoffman, que expressa que a avaliação deve ser aplicada para promover e não para classificar, pois a classificação apenas conduz a exclusão, enquanto que a avaliação reflexiva permite adotar e propor soluções, promovendo do estágio atual para o estágio superior. Nesta ótica o professor, educador ou docente deve avaliar, examinar com a paciência e dom da profissão, sob a luz da missão a eles reservada em aderir ou não ao código de ética, tornando então um agente para formalizar o código entre os profissionais da educação.

Sintetizamos a problemática entre os campos da aderência e não aderência, onde a opção será estagnar, sentar na cadeira da reclamação verbal aos ventos ou elevar templos a virtude, transformando a realidade da profissão.

Fundamentação Teórica

O presente projeto não tem intenção de implantar o código de ética do profissional de educação, em razão do custo que implica a mobilização de equipes, formação de multiplicadores, reuniões de multiplicação e confecção de material, mas restringe o projeto a fase de construção, de semear a ideia, de forma que havendo interessados em construir o código de conduta, basta à avaliação do material elaborado pelos alunos e prosseguir com reuniões de aderência no seu âmbito.

Inicia então a formação de uma rede de estabelecimento de condutas, cujo objetivo está demonstrado nos argumentos, que é de forma simples, o meio para se chegar a construção de conhecimento, como na apresentação, dramatização, do projeto por meio de um trecho do Livro Luas e Luas, em que a Princesa adoece e deseja a Lua e seu Pai o Rei convoca os sábios do reino para atender o desejo da Princesa, mas ao final o Bobo da Corte apresenta soluções simples, não sem antes pestanejar se devia apresentar seus singelos argumentos, frente aos grandes sábios do Reino, que tudo sabiam, que tinham prestígio junto ao Rei.

A educação Brasileira não pode e nem será melhorada apenas com uma de suas forças, como por exemplo, pelo estabelecimento de percentual de recursos públicos, mas pela reorganização dos setores, porém respeitando o equilíbrio de forças que compõe a educação brasileira ( governo, sociedade, professores, instituições de ensino e alunos ), pois qualquer desnível entre as forças será danosa a outra e o desiquilíbrio gera o conflito entre as forças.

Os professores assim como no Livro Luas e Luas, como uma das forças com mais escolarização, devem se despir de seus conhecimentos e extrair conhecimentos da outra parte, como na parte do livro em que recebida a Lua sob a forma de colar, a princesa, se cura e como no dia seguinte a Lua reapareceria no Céu, todos ficaram temerosos de nova doença da Princesa Letícia, porém ao declinar para ouvir a Princesa, o Bobo da Corte, como o fizera da primeira vez, para conhecer o desejo da princesa, percebe o conhecimento da Princesa, que a Lua era como um Dente de Leite, que cai e nasce outro no lugar.

Há pessoas que não descem dos pedestais de seus gostos, de suas preferências e isso não condiz com conhecimento, com aprendizagem, pois o aprendiz, sempre traz consigo algum conhecimento e quando manifestado pode introduzir o adulto a refletir sobre seus atos. De todas as coisas simples é possível extrair conhecimento, que nos leva a uma reflexão e por vezes é possível usar a realidade social em que vive o aluno para ensinar, para

desenvolver o aprendiz e mudar a realidade, reavaliando a forma de ensinar determinado grupo social, despertando-lhes o interesse pela aprendizagem.


Objetivos

Materializar a conduta dos profissionais de educação, tornando transparente através do código de conduta, para preservar-lhes a dignidade no exercício da profissão, na sociedade e contribuir para a melhoria da qualidade da educação, assegurando a todos um modelo único de atuação na docência.
Conduzir novos educadores pelos caminhos da ética, compartilhando saberes entre os aderentes, reavaliando constantemente as condutas dos profissionais, sempre contribuindo para uma sociedade mais justa para todos.

O macro objetivo é disseminar o projeto, por exposição, palestra e verificar a aderência ou rejeição do projeto, que versa sobre um tema distante da nossa realidade social, atualmente, mas tão necessária para conduzir pessoas a uma sociedade mais justa, fraterna e de igualdade para todos.


Metodologia

A metodologia de disseminação do projeto será através da dramatização de parte do livro Luas e Luas, de James Thurber, com o propósito de demonstrar o saber do homem simples, perante os sábios e a autoridade do Rei, num cenário de perigo em que o simples interage com a criança para conhecer a sua necessidade, o seu desejo.

Além da dramatização, ocorrerá a exposição oral sobre a necessidade de um código de conduta, sobre as vantagens e a exposição oral será voltada para sensibilizar os ouvintes para aderência do tema, com exemplos de uma colmeia, da importância dos profissionais de educação.

O projeto é idealizado para a formação de professores e passa a mensagem que o caminho é a aderência a um código de ética, que propiciará a unidade, debate sobre necessária regulamentação da profissão, criando regras a entrada de novos profissionais, impondo-lhes o cumprimento de requisitos.

Equipe de Trabalho

Os autores do projeto são alunos do curso de Pós-graduação em Docência do Ensino Superior, da Universidade Paulista, que elaboraram o projeto como forma de avaliação final da disciplina de Didática, após receberem orientação pedagógica do docente, titular da disciplina, que abaixo subscrevem.

O projeto não se limita a propor um código de conduta, mas é uma fonte de avaliação dos conhecimentos dos alunos/autores em relação ao tema proposto, que consistia em adquirir os conhecimentos da disciplina e em seguida produzir um projeto de ensino/aprendizagem e o tema ética propiciou a pesquisa do tema, a construção de argumentos para aderência ao projeto e serve de modelo de aula de ética para formação de professores.

Avaliação

O projeto como exposto é um código de ética para o profissional da educação, com objetivo de dar transparência à conduta dos profissionais de educação, com viés de organizar os profissionais, despertando-lhes a necessidade de participar, ativamente, em prol da revitalização da carreira de educador, professor ou docente, como forma de se protegerem, coletivamente, dos ataques às categorias que acontecem por divisão, contra o sucateamento das condições de trabalho, para fortalecer a formação do profissional, compartilhando dificuldades, saberes, delimitando sua área de atuação e expondo para a sociedade a importância da educação para todos os setores da sociedade e demonstrar que a desprofissionalização da carreira é um ataque ao alicerce dos valores educacionais e direitos constitucionais.

Da Avaliação do projeto: Exposto o projeto que inicialmente é um trabalho escolar da disciplina, será distribuído aos presentes um formulário de avaliação, sendo este importante componente para avaliar a aceitação do projeto, identificar sua receptividade junto aos demais alunos, professores ou futuros docentes.

Em outra etapa a proposta de avaliação é sempre a mesma, apresenta o código de ética, expõe as motivações, debate com os presentes, avalia a receptividade, registra e verifica o número de aderentes, seguindo para outra instância, repetindo os métodos de avaliação da receptividade.
Os indicadores avaliativos serão compostos do registro de número de exposições, número de presentes e percentual de receptividade e aderência.

Bibliografia

Poema A lei de Deus e o exemplo da Abelha
http://www.aconscienciadivina.org.br/mensagens/a_lei_de_deus_e_o_exemplo_da_abelha.htm
MORIN, Edgar. A Religação dos Saberes. Trad. Flávia Nascimento. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001,
MORIN, Edgar. Introdução ao pensamento complexo – Tradução de Eliane Lisboa – 4ª Edição – Editora Sulina;
FRANKFURT, Harry G. Sobre a verdade. Trad. Denise Bottmann. São Paulo: Companhia das Letras, 2007
HOFFMANN, Jussara Avaliar para promover. Porto Alegre – RS Editora mediação 2011.
Thurber, James. Luas e Luas – Editora Clara.

Sites de reportagens sobre a situação dos professores:

Manchete: Má formação dos professores atrapalha educação brasileira
http://educacao.uol.com.br/noticias/2014/04/23/ma-formacao-dos-professores-atrapalha-educacao-brasileira.htm

Manchete: 1 em cada 5 professores de 6° a 9° ano não fez curso superior
http://educacao.uol.com.br/noticias/2014/04/23/1-em-cada-5-professores-de-6-a-9-ano-nao-fez-curso-superior.htm

Manchete: Professores do Estado de SP relatam situação 'humilhante' para pegar aulas.
http://educacao.uol.com.br/noticias/2014/01/30/professores-de-sp-relatam-situacao-humilhante-para-conseguir-aulas.htm

Manchete: O piso salarial dos professores.
http://www1.folha.uol.com.br/educacao/2013/08/1321245-salario-varia-entre-menos-que-o-piso-e-padrao-finlandes.shtml

Manchete: Formação do professor tem muita teoria e pouca prática.
http://www1.folha.uol.com.br/educacao/2013/08/1321237-formacao-do-professor-tem-muita-teoria-e-pouca-pratica.shtml

Manchete: Brasil é o penúltimo país em pesquisa sobre valorização de professor
http://educacao.uol.com.br/noticias/2013/10/03/brasil-e-o-penultimo-em-pesquisa-sobre-valorizacao-de-professor.htm

Notas:

1 - Teoria desenvolvida em 1982, quando o cientista político James Q. Wilson e o psicólogo criminologista George Kelling, americanos, publicaram um estudo na revista Atlantic Monthly, estabelecendo, pela primeira vez, uma relação de causalidade entre desordem e criminalidade.

2 - A síndrome de burnout, ou síndrome do esgotamento profissional, é um distúrbio psíquico descrito em 1974 por Freudenberger, um médico americano.
Sua principal característica é o estado de tensão emocional e estresse crônico provocado por condições de trabalho físicas, emocionais e psicológicas desgastantes e se manifesta especialmente em pessoas cuja profissão exige envolvimento interpessoal direto e intenso.

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